Encontro dos Berbert marca Jubileu de 200 anos da chegada ao Brasil
Enquanto a Alemanha lembra do aniversário de 200 anos de nascimento de Richard Wagner, importante intelectual do século XIX, o genial compositor que reinventou a ópera ao criar seu “Musikdrama”, várias gerações da família Berbert espalhadas pelos quatro cantos do Brasil, celebraram no Teatro Municipal de Ilhéus, o Jubileu de 200 anos que marca a saga da família de origem alemã da cidade de Erzhausen, que partiu de Hamburgo em direção às terras brasileiras. Para contar essa história, as cortinas do teatro se abriram na noite do último sábado, 28 de abril. No palco, as lembranças dos momentos difíceis e as expectativas da época de conseguir uma vida melhor.
Na chegada, os participantes foram recebidos por um grupo de capoeira formado por mestres, como valorização da cultura irmã afrodescendente. Em seguida, a entrada das bandeiras representando os estados por onde se concentram representantes da família Berbert. Guilherme é um descendente e pesquisador. Ao longo de 20 anos dedicou-se a investigar a origem de como tudo começou. “Estamos lançando um livro que conta o motivo da vinda da família no Brasil e como foi a chegada do primeiro grupo de colonos que desembarcou no país por volta de 1818 e se fixou no sul da Bahia”, explica.
Legado – Ao elogiar o momento da festa de comemoração da família Berbert, o vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal Soub, presente ao evento, ressalta a alegria e a honra de Ilhéus ser palco desta celebração, sobretudo pelo legado deixado por seus protagonistas. “É de se reconhecer a importância da família na luta pela construção e o desenvolvimento da região, como exemplo o Fórum Epaminondas Berbert de Castro, o Porto de Malhado e também a implantação e o fortalecimento da lavoura cacaueira. Esperamos que outras famílias tomem como exemplo de buscarem sua história, afinal, quem não conhece seu passado não pode pensar no seu futuro”, frisou.
Um dos motivos que desencadearam o processo de imigração foram os frequentes problemas sociais que ocorriam no continente Europeu e principalmente a fartura de terras existentes no Brasil. Um espetáculo com final feliz para muitos que escolheram Ilhéus como sua identidade e sua terra. E, com muito orgulho, fazem parte da nossa gente e da nossa história.